el sonido de los bermudas

16 dezembro 2008

Queda.....LIVRE

Era o terceiro grupo que o guia conduzia aquela tarde. grana fácil. Na maioria eram gringos, pra variar. Todos rosinhas do sol, tirando fotos com máquinas a prova dágua.
No seu inglês de videogame, o guia tentava dizer que o nome da Cachoeira era uma homenagem de uma tribo a um pagé e bla bla
FFSSSSSSSSHHHHHHHHH BBRRRRRRR
FSSSSSSHHHHHHH BBRRR
ninguém ouvia nada, era ensurdecedor.
Cada um assim, no seu próprio silêncio, admirava a grandeza daquele monstro de água caindo.. caindo.. e nao parava de cair
Todos pareciam muito agradados com toda aquela imensidade abismal, exceto por um homem, que ficava de costas pra cachoeira, agarrado na cordinha daquela ponte pensil. Acho que tinha medo de altura, mas subir naquela ponte foi questão de honra. E ali estava ele, pétrido.

Foi de repente...Sem qualquer aviso prévio. Um só estalo e uma corda se rompeu, e outra, e logo todas se rompiam e pessoas caíam..... caíamm... e nao paravam de cair
Gringos desesperados tentando se agarrar em qualquer coisa, em slow motion. . . rostos de desespero.
Exceto um, que ficava de costas pra cachoeira, ele sorria. Imaginem a cena, a ponte caiu! Pessoas caindo como se fossem mais algumas gotas em toda aquela água. Ninguem ouvia os gritos. E no meio desse caos em queda livre, um sorriso aberto. ELE SORRIA
Por que diachos ele sorria??? Por quê???
Bom, alguns dizem que era louco. Outros dizem que tem horas que é melhor rir pra não chorar.
Mas a verdade é que ninguém sabe a razão real daquele sorriso num momento tão peculiar.
Imagine a cena: um arco-íris, uma cachoeira brutal, um homem sorrindo e a morte à sua espera.
Ele caia...e sorria. Imagine um homem sorrindo. e caindo
Mas sabe, as vezes a gente se pergunta POR QUE?, quando deveria se perguntar POR QUE NÃO?


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