el sonido de los bermudas

22 dezembro 2007

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Kawale

"nunca se esqueça que quem ama não vê defeitos, quem odeia não vê qualidades, e quem é amigo vê as duas coisas." autor desconhecido

Vietcong

a 2007, aquele abraço!
aos tropeços, erros, pisadas na bola
aos acertos e os chutes certeiros
um abraço
alo alo vestibular, alo alo cursinho
aquele abraço
à primeira divisão...abraço! heheh
a 2008, suas surpresas
suas noticias, as más e as boas
aquele abraço
saúde e vida longa
aos que não caem mais
nos mesmos buracos
alo alo preocupações, alo alo satisfações
onde quer que estejam
aquele abraço
a aquilo que nos faz acreditar e sorrir
aquele abraço
ao triangulo,
de infinitas pontas,
meu doce lar
minha família
forte abraço!

Begin

São nossas memórias que dão significado ao que somos neste momento.
O tempo deu conteúdo ao novo e ao velho.
Um novo nascer do sol “uma página em branco”.
Nossa humanidade falha nos revela o que somos.
Não sabemos os que nos espera, vivemos assim “sem rumo e sem medo de ser feliz”.
Unidos em uma realidade resplandecente pra sermos extraordinários.
Ah um dia finalmente chegará!

15 dezembro 2007

Parte 6

Escolheu uma pedra no chão. era branca, com rajadas pretas. Lembrou-lhe de Kasotoru, o tigre branco, que o tinha abandonado mais uma vez em um momento crítico! E lembrou-lhe também de Corinto, uma cidade não muito longe - era a segunda cidade ao sul - em que os habitantes tinham o estranho hábito de chorar constantemente. na rua os namorados se amavam chorando, a doceira vendia seus quitutes aos prantos e todos choravam ao assistir ao palhaço choradinha na praça principal. e todos eram felizes, chorando
Se concentrou entao no momento. Teria que derrotar o gigante ali, agora. Talvez nao aguentasse outra paulada daquelas.
O seixo encaixou perfeitamente no courinho do estilingue. aquilo era bom.
Girou a funda no alto. O gigante ergueu a espada e cerrou os dentes, dando uma profunda fungada. Girou a funda mais uma vez agora mais rápido. O gigante, de peito cheio, chutou a terra para trás ganhando impulso, quando de repente
HOOU! - um homem bradou do meio da multidão ao redor. Todas as tropas se voltaram para o homem que passava entre os soldados em passo apressado. Era um dos sábios da corte do rei.
LOOK AT YOU! ele vinha com a mão estendida na direção do menino. Look at you! gritava sério ao menino
O menino parou para analisar-se: os pés bem abertos, o braço no alto, a pedra ainda balançava na funda sossegadamente...então se desfez da pose e aguardou a bronca cabisbaixo.
Look at you. É o meu nome, Luca Tjhio. e estendeu a mão mais uma vez ao menino para cumprimentá-lo, com um sorriso.
Aquele era o ancião mais diferente que o menino ja tinha visto. Era robusto apesar da idade, tinha tatuagens por todo o corpo em muitas línguas estrangeiras e a mochila cheia de rolos (livros) nas costas dizia que era um viajante. Apresentados os dois, ele começou:
-Veja bem meu jovem, se tomarmos em conta a dualidade partícula-onda da luz, acharemos que dois cotilédones ligados em série deslizando sobre um plano sem atrito gera uma carga psico-fluida. E surpreendentemente, e=mc² se, e somente se, o obsceno da meretriz do angulo Theta for um semi-tom abaixo de ré sustenido.
Foi como se o mundo inteiro tivesse ficado preto para que os dois pudessem conversar e devanear sobre tudo: sobre a física do que é físico, sobre a metafísica do resto, sobre aquilo que não faz sentido nem pra quem fala, etc.
-Mas lembre-se menino Davi, não há limites para a criação de livros e o muito pensar o deixará exausto. De tudo que temos dito a suma é: você é uma peça de xadrez. No entanto, aquele que te move no tabuleiro é um enxadrista fantástico! Não se esqueça disso. Ah! soh mais uma coisa, lance a pedra mais de baixo para dar um top-spin! -e deu uma ligeira piscada de olho.

Entao ele seguiu viagem sem olhar para trás, contemplando a paisagem. O menino voltava para a cena da batalha que travava. Seus óculos tinham sido limpos mais uma vez. Podia ver agora que não importava o que aconteceria. Teria que acontecer mesmo. Já havia gasto muito tempo e muito coração naquela luta. E o gigante não parecia mais tão grande quanto antes. Era hora de dar um top-spin na testa.

continua...

13 dezembro 2007

Quem é que vai pagar por isso?

Talvez ainda não esteja bem claro para as pessoas que quando uma criança nasce sem uma família estruturada que possa lhe sustentar e dar educação, ela vai acabar gerando um enorme custo social. Pois vai precisar de alimentos, roupas, casa, saneamento básico, serviços de saúde, educação, etc.

Se esta criança não tiver uma educação adequada nem boas perspectivas de vida, ela poderá se tornar um futuro criminoso, capaz de roubar, assaltar e até matar.

Perigoso é aquele que não tem nada a perder. [Goethe]

Então, somos nós que vamos pagar muito caro por isso. E não é apenas uma criança, são dezenas, centenas que proliferam em vilas e favelas, sem as mínimas condições de desenvolvimento. Que exigem cada vez mais maternidades, creches, postos de saúde, COHABs, escolas públicas, etc. Que, se faltarem, vão exigir também novos presídios. Tudo isso pago com o nosso dinheiro (impostos) e, às vezes, com nossas vidas - assaltos, seqüestros, assassinatos...

Não basta dar alimento, roupas, esmolas... aos necessitados, sem dar também condições de que os mesmos possam se auto-sustentar e planejar suas famílias. Caso contrário, se a população carente continuar a aumentar desproporcionalmente ao crescimento econômico, as doações terão de ser cada vez maiores para suprir esta deficiência.

O exemplo desta constatação está nos jornais e na televisão, que noticia todo dia superlotação em hospitais, presídios, FEBEMs..., falta de emprego, terra, habitação, saneamento, policiamento, recursos...

Se não forem tomadas providências, estaremos fadados a viver num mundo dominado por guerra de classes - como: nas favelas dos morros cariocas; invasões de terra, etc. - e cada vez mais refugiados dentro de nossas próprias casas, enquanto a miséria e a violência se proliferam no mundo lá fora.

Mesmo sabendo que muros, grades, carros blindados... não nos livrem da violência gerada pela miséria.

Além de tudo isso, o crescimento populacional é extremamente nocivo a natureza. Não tenho dados precisos, mas sei que cada pessoa que nasce transforma a natureza em toneladas de lixo e esgoto durante sua vida. Ocupa, também, uma grande área do ambiente natural. Basta ver a evolução do desmatamento em função do aumento da população para se ter uma idéia das

proporções da destruição que o homem impõe sobre a natureza. Se não houver limitação no crescimento populacional, em pouco tempo o homem acabará com o que resta da natureza selvagem no planeta.

Não podemos esperar que a situação se torne mais crítica do que já está. Precisamos unir toda a sociedade na busca de soluções que proporcionem às pessoas carentes condições de planejarem suas famílias e alcançarem a autosuficiência.

Acredito que só assim estaremos atingindo a origem dos principais problemas sociais e diminuindo o alto custo que uma sociedade desorganizada nos impõe.

Dar condições de vida às crianças é responsabilidade dos pais.

Proporcionar trabalho e instrução aos pais (em potencial) é dever da sociedade.

Texto publicado no jornal A Razão de Santa Maria - RS, em 30/08/2001

Sei bem o que é falta de planejamento familiar, sou de uma grande família, que por sua vez me foi emprestada.

Conheço bem o que é morar em um conjunto habitacional em uma grande periferia de uma cidade gigante, não ter uma boa escola no bairro e viver no assédio do trafico de drogas.

Já tive o desprazer de ter um ente querido seqüestrado no fim de ano, enquanto preparava-me pra visitar algumas crianças e adolescentes. Diga-se de passagem muito preciosos.

Conheço intimamente amigos que moram em favelas e condomínios luxuosos, ambos com propósito em comum.

Isso tudo é muito complexo e difícil de entender e até de escrever. Mas creio que não é impossível transformar todo esse caos em um preço menos caro a ser pago.

10 dezembro 2007

tô cansado

Às vezes eu queria te escrever coisas bem bonitas, mesmo que você nem ligue pra elas. Andar por aí, sem rumo nem direção, sem parar, pra descobrir se é mesmo possível ficar cansado do seu lado.


Quando eu olho pela janela e te vejo, em preto e branco, prefiro nem descobrir como é que você chegou lá. É fechar os olhos e acreditar que um dia eu ainda vou ouvir uma risada sincera. E também me segurar pra correnteza não me empurrar ainda mais pra longe do seu barquinho.

02 dezembro 2007

EU SÔ CORINTHIANS!!

hoje o Corinthians foi pra série B.
hoje meu time me desapontou como nunca!
hoje meu timão desceu no poço...até o fim!
hoje eu SOU mais CORINTHIANO do que nunca!!!!



EU SÔÔÔÔ, CORINTHIANS!! (2x)
EU NUNCA VOU TE ABANDONAR, PQ EU TE AMO!! (2x)

(daqui um ano, quando ele subir, ele aparece aqui de novo!!)

24 novembro 2007

O terrário

-Pai?
-An? Sim, filho?
-Acorda, está na hora! Voce prometeu me mostrar os quatro cantos do mundo! Eh hoje, vamos!
-Ta bom, ta bom. Deixa eu me ajeitar na concha.
O pequeno caramujinho estava enérgico. Seu pai espreguiçava as antenas enquanto mamãe caracol preparava seus lanches. Mal podia esperar pelo dia à frente. As aventuras, que o aguardavam, os mistérios, criaturas exóticas, sensações novas agora cada vez mais perto de seus sentidos!
-Vamos logo pai!
Em pouco mais de duas horas, papai caracol mostrava ao filho, orgulhosamente, os quatro cantos do mundo: o que tinha a pedra, casa dos tatu-bolas, o que tinha o pé de tomatinhos e as formigas, o terceiro, que tinha um laguinho, e o quarto que tinha um gostoso banco de areia. Era o que cabia naquele terrário de 1m x 0,5m que enfeitava o canto da sala de estar. O mundo agora revelado, porém, ficou aquém das espectativas do pequenino molusco.
-Mas pai..
-Que é filho?
-Se esse é o mundo, o que é o universo? Que é isso tudo que vemos lá longe, do outro lado desse vidro?
Era realmente intrigante: a aparente insignificância do terrário, cercado de monumentais incompreensões.
-Bem, meu filho....é de lá que vieram as forças que criaram esse mundo.
As palavras só conseguiram ir até aí... não achou que podia explicar o que sentia, nem que o pequeno entenderia. o "la fora" era um grande composto de tanta energia que só o que se via eram formas, cores e movimentos sem sentido. e de qualquer forma, seria uma explicação parcial, porque a outra parte também desconhecia.
Ambos ficaram algum tempo ali paralizados, como se pudessem tocar com os olhos a arquitetura do universo, como se tentassem se transportar mentalmente para aquele lugar magnífico.
-Pai, lá fora é como nas estórias encantadas que se contam para as crianças?
Nunca tinha pensado nisso. Provavelmente o pequeno estava certo, e tinha compreendido tudo de um jeito que ele esquecera como fazer, porque não era mais criança. Talvez esse fosse o motivo para se criarem estórias de princesas e dragões, de reinos mágicos, escolas de bruxaria, guerreiros invencíveis. A tampa que fechava o terrário estava ali, irremovível. e todas essas estórias tentaram, no mínimo, esconder o fato de viverem num mundo tao pequeno e limitado. Aí, se lembrou de quando era pequeno e seu pai lhe contava histórias antes de dormir: o fantástico extravasava das histórias e lembrou-se de como era bom adormecer em meio a um mundo de fantasias, sem limites.
-É sim, filho. É até melhor do que nas estórias.
-Nossa! e quando vamos pra lá?
Mal prestou atenção na pergunta. Só o que pensava era que aquela noite, com certeza leria um bom livro para o filho antes de dormir.
-Está ficando tarde, sua mãe deve estar preocupada. Vamos voltar pra casa, ta bom?

17 novembro 2007

caracolis!

A carta cai do carteado
cada carta uma cara,
cada cara um karma
cada olhar um recado
cara, coroa, a vida eh cara
caramba um absurdo!
curta a curta vida, viva curto
cara a cara, cara no muro
cada curva, quero tudo
quero o caro e o caroço
o carro e a carroça
quero correr e cambalhotar
cata-lixo cata-treco
cata-vento cata-tau
cata-pulta craaac puuuushh
cada carta descartada
escaravelhada nas catacumbas
dos cabelos calvos
dos caras de camelo,
de cachorro e de cavalo,
escombros em cairo
do caribe com um carreira
a caracas com um kadete
curtindo, contido, cada cent
escrevinhando, cabeçando
contos, causos, companhias
curtindo...
curta, eh curta
eh

09 novembro 2007

O zumbi

Acordou.
De um sono profundo e infinito.
A lua repetia a luz do astro rei, que encostava seus primeiros dedos de luz no cemitério.
Sem um porquê, ergueu-se acima da terra que o sepultava, pos seu putrefato corpo em movimento, andou sem coordenaçao e sem sentido. Achou-se entao na cidade cambalejante.
As mães cobriam os olhos do filhos, inocentes, sem pensar porque. Alguns meninos atiravam-lhe pedras e gravetos, depois saíam correndo sem saberem bem porque o faziam.
Dois jovens de boas intenções vieram, sorrindo, recepciona-lo como quem recebe um velho amigo, sem se darem conta do porque de sua falsidade descarada.
Engravatados ajeitavam seus ternos de encomenda ao perpassarem-no, sem saberem porque se exibiam a um zumbi.
Uma criança escondeu seu pirulito da visão do homem-cadáver, uma velha senhora, sua bolsa, empinando o nariz enrugado no rosto coberto de maquiagem.
Logo em seguida chegaram as autoridades de distintivos e armas. Sem entender porque, os olhos do finado se fixaram nas armas. Olhar esse que o condenou sumariamente às algemas. O oficial nao entendeu porque era tao dificil se aproximar do suspeito de aparencia horrenda.
Sem pensar em nada, o zumbi alcançou, letargicamente, a arma do policial que o prendia. E aí armou-se o circo: até helicóptero apareceu para xeretar.
Sem saber porque, o morto-vivo obedeceu à sua única vontade: levantou a pistola até o queixo e puxou o gatilho.
PA

O instante exatamente antes da explosão foi de um sentimento de vida intensa, finalmente morreria! deixaria de vagar, a tentar entender as coisas, e todos os porquês desapareceriam! mas logo estava morto-vivo de novo.
foi como um flash na escuridão, o tiro na cabeça. mais um porquê explodiu: não podia se dar à gloria da morte, e tambem não podia viver uma vida.
Percebeu-se preso nessa semi-vida sem sentido, em que todas as respostas se escondiam mesmo daqueles que não tem mais nada a perder ou a procurar.
Virou as costas, e foi embora. E ninguém perguntou porque.

06 novembro 2007

Estação Suburbana

Ao som de uma aquarela sonora por onde passo vejo lugares lindos pela janela....

Um convite ao som da noite de chuva, onde só você vê o que ninguém mais vê.

As notas músicais trilham em sua alma como um trem d’queles bem confortáveis.

O coração embarca nessa de viajar pela música.

A estação esta ao sul, longe de tudo, território misterioso de areia movediça.

Suburbana prestes a ceder. - Meu coração ta nessa de viajar pra voltar nunca mais.

Viajando, viajando, viajando...

O tempo não passa... De volta ele pega o embalo e vai, vai, vai...

A chuva lava os olhos vestidos de momentos inesquecíveis, a música cada vez mais serena e suave...

A locomotiva é o tempo - senhor da verdade, os pilotos são à vontade e a coragem, as notas musicais são energia, a alma são os trilhos, os olhos são passageiros.

Passando pelos túneis dos sentimentos mais desconhecidos, e sem destino ele chega à estação suburbana.

-A viagem sem destino da sentido a essa vida que vo levando correndo atrás do que é “bão”!

-Quando olho no meu relógio de pulso não vejo mais os ponteiros, vejo lugares e rostos.

-Na estação suburbana vejo um senhor de costas, olho no relógio e vejo seu rosto.

-Surpresa! Senhor das Oliveiras.

A música acelerou, tomou o embalo de um foguete espacial... No relógio agora só chuva.

O trem vai....vai...vai....vai..........vai.................vai......................vai..............................vai...

05 novembro 2007

jardim verde deserto

Olho em volta sem ver sentido! Penso no mundo com os olhos fechados e acordo como num susto.
Faço sem saber o por quê.
É pensar que talvez exista a chamada "inesperança". Onde as batidas já não tem ritmo, e os tecidos são "incoloridos". Com estradas esburacadas, e retornos não trafegáveis. Nos corações sem vida, reina a "inesperança"!
Em meu jardim verde deserto, todos vestem os seus disfarces. Contradições, mentiras e verdades.
Como vou te conhecer e saber se você é viva? Perguntas sem respostas, lugares perdidos, pessoas indisponíveis.
Hoje quem não tem vida, com corações quebrados, vestindo seus disfarces, nos olham e sorriem.
Ausência de sentido, ausência do racional, será que você nunca reparou?...........
Na tela, no canto inferior, os meus 50 de life?

01 novembro 2007

Loop Infinito


#include stdio.h
#include stdlib.h
// Para termos uma ideia de como um LOOP Infinito acontece

// nao precisamos ir longe, basta analisarmos o cotidiano
// da nossa sociedade para ver como as coisas nunca andam.
int main(void)
{
int resp;
for (;;)
{
printf (”\n Bem vindo, o que deseja? \n\n (1) Conseguir um emprego \n (0) Sair fora do sistema em que vive “);
printf (”\n : “);
scanf (”%d”,&resp);
if (!resp)
break;
switch (resp)

{
case 1:
{
printf (”\n Ola amigo, vamos ser claros, voce pode ate”);
printf (”\n nao saber para que serve um include, eu so “);
printf (”\n quero o mais importante, voce tem referencia?\n”);
printf (”\n (1) Sim \n (2) Não \n : “);
scanf (”%d”,&resp);
if (!resp)
break;
switch (resp)
{
case 1:
{
printf (”\n O sistema não perdoa amigo”);
printf (”\n Otimo, voce vai comecar a me gerar custos”);
printf (”\n apartir de agora, escolha sua mesa e fique”);
printf (”\n avontade.\n\n Temos algumas regras:\n”);
printf (”\n (1) Quando voce cansar de ficar olhando”);
printf (”\n o monitor, nao tem problema, pode andar”);
printf (”\n pela empresa, acabar com o cafe, entupir”);
printf (”\n o banheiro ou ficar falando da vida das outras pessoas.\n”);
printf (”\n (2) Quando voce se interessar por algo”);
printf (”\n voce pode ir perguntar aos programadores”);
printf (”\n da empresa e atrapalhar o progresso deles”);
printf (”\n no desenvolvimento do sistema\n”);
printf (”\n (3) Caso nenhuma das opcoes lhe agrade,”);
printf (”\n fica consumindo a nossa banda no MSN\n”);
printf (”\n\n > Boa a sorte!\n”);
exit(1);
break;
}
case 2:
{
printf (”\n Otimo, mesmo voce tendo bons conhecimentos “);
printf (”\n e vendo que voce so iria “);
printf (”\n somar forcas no nosso desenvovilmento “);
printf (”\n\n > Voce nao tem referencia, um dia eu te ligo\n”);
break;
}
default:
{
printf (”\n Voce sabe ler amigo? \n”);
break;

system ("pause");

}

}
}
}
}
}



14 outubro 2007

Global Warming - 1/3

Alguns posts atrás o Begin andou falando sobre a influência que a televisão exerce na vida da gente, até o Vietcong comentou com uma música confirmando a tese.

Dentro desse contexto de influência dos meios de comunicação, eu andei pensando num assunto ao qual eu fui exposto e questionado há algum tempo atrás: o aquecimento global.

Na escola nós aprendemos que o CO2 é um gás que aumenta a capacidade da atmosfera em reter calor na superfície. Na TV a gente vê aqueles gigantes blocos de gelo se desprendendo das geleiras, nos jornais as inúmeras notícias sobre a temperatura da Terra batendo recordes históricos, os ursos polares ficando sem um lar no “Animal Planet” e ainda tem um documentário produzido por um ex-vice-presidente dos EUA falando que as mudanças climáticas já são uma realidade provocada por essa humanidade consumista e descontrolada. Na Internet, além de ver o Al Gore ganhando prêmio Nobel da Paz, nós também conseguimos assistir as cenas de grandes catástrofes, tufões, furacões e enchentes acabando com a vida de milhares e deixando milhões de desabrigados ao redor do mundo.

Depois dessa soma infinita de informações, imagens e discursos, nós, seres humanos mortais, que não passam a vida se dedicando ao clima do nosso planeta, só podemos chegar a uma conclusão: o homem finalmente conseguiu ferrar com a Terra! E conseqüentemente nós precisamos de forma urgente, pelo menos, diminuir o ritmo que esse processo vem tomando. Até aqui, nenhuma novidade, nada que já não tenha sido visto.

alguns Links “sai do Rio carioca que a água ta chegando!/pró global warming”

http://br.youtube.com/watch?v=wnjx6KETmi4

http://www.ipcc.ch/

http://afp.google.com/article/ALeqM5hMKsbOwVWmS6zlaIB1fbXHpey46g

(esteja atento aos próximos complementos deste artigo) hehe

13 outubro 2007

re-refletindo

O semáforo fecha. na tentativa ilusória de controlar o caos.
faz-de-conta que o país caminha pra ordem e para o progresso que eu faço de conta que acredito nele. eu fecho os olhos quando alguma coisa incomoda os cílios e quando sou financeiramente explorado tambem. fico imóvel quando durmo e durmo quando me imobilizam tambem. na verdade, durmo eternamente em berço esplêndido..
tantas perguntas feitas, nenhuma resposta resolve. Saem da boca das pessoas e se dissolvem no meio da poluiçao do ar, do som e das luzes. De repente se ouve alguem gritar: Direitos universais! uma quimera. Liberdade! Fraternidade! Igualdade! quase ficção. Democracia! um sonho. Coexiste! fábula. Comunismo! ilusão.

"Os ricos fazem de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas" Liev Tolstoi

Presos a uma classe? a algumas roupas? A uma naçao? Nao...porque "nascemos de novo" e nascemos numa naçao sem fronteiras, com uma bandeira sem um desenho feito por homens.
"Ah um dia isso tudo vai acabar, eh o curso natural da história. Seremos livres e felizes para sempre e com consciência social."
"Nunca serão! Jamais!"
Não......ainda nao. O semáforo ainda está fechado pra nós, porque é tudo um caos incontrolável. e tudo não passa de uma grande ilusão, como de quem corre atrás do vento ou toma uma coca.
muita agua ja rolou por debaixo dessa ponte, que é o mundo. Muita agua suja, podre. Com certeza, estamos perto, mas perto quanto? muita agua ainda vai passar. e o maximo q a gente pode fazer é tentar trata-la, com as ferramentas que foram dadas.
A Cesar o que é de Cesar, o que é de fato dele....entao me diz, o que?
viva a anarquia porque o resto é ilusão
e viva a monarquia porque já temos um rei

28 setembro 2007

refle-K-(a)ções


o atraso é culpa do atrasado, e não do sistema que vivemos. seria o atrasado um elemento integrante do moderno?
o trabalhador não vê no trabalho a oportunidade de realizar-se enquanto indivíduo. seria a acumulação de riquezas o principal motivo da labuta?
o capitalismo é uma formação histórica, teve um começo, tem um fim. a ilusão que a gente vive vai durar pra sempre?
pq tempo é dinheiro? pq todos os momentos da minha vida tem de serem vistos como mercantis? "administrando minha vida como uma empresa". será que é isso mesmo que eu quero pra minha vida?
o dinheiro representa valor, não é o valor. já pensou nisso? e o valor, tá no trabalho como dizem? pq eu tenho q me basear no q os outros dão valor?
e os preços então? "o preço é uma forma de medida pra uma sociedade que não tem medida nenhuma".
o capitalismo se transforma rápido, ele sim se revoluciona. máquinas enormes movidas pelo ar, movidas pelo petróleo, movidas pelas plantas. 16hs de trabalho, umas 8hs de trabalho, umas 6hs. fábrica, montadora, fábrica, laboratório, bolsa, telemarketing.
esperar oq desse mundo? esperar q as pessoas pensem o mundo? num dá tempo. num dá tempo de nada. num é pra dar! tempo livre? livre do que? do trabalho!
para de frescura e vai gerir a sua vida vai...vc já deu lucro hj?
não? eu já! nem trabalho, mas ultimamente minha vida se resume a rodar, rodar, rodar...girando a engrenagem. todos os tempos, toda hora...sempre vivendo pra não deixar a roda parar de rodar!


..."o homem vai constituindo uma humanidade que destitui o próprio homem, desumanizando-o". até quando os 90 vão sustentar os 10?

10 setembro 2007

Televisão

Às vezes penso que eu assisto TV como um cãozinho que olha o frango rodar, que mais e mais saboroso de se ver e aguça cada vez mais meu paladar, quando uma gota de óleo cai é como uma novidade que entrar no ar, eu para tudo eu paro de pensar. Só para ficar te olhando Televisão.
Por que o que está lá dentro é tudo o que eu quero ter?
Por que o que está lá dentro é tudo o que eu não posso ser?

Fico horas ali babando sem saber que se o galo morreu não foi por mim.
E quando outros cãezinhos vêm me imitar, são telespectadores no mesmo canal.
O cachorro nada vê na TV, é aí que eu vejo o burro que o bicho é, a tela plana não deixa ele perceber a propaganda bacana de frango.
[Pato Fu]

29 agosto 2007

Julho de 2007

Na terceira semana de julho eu fiz uma pergunta a um sábio homem, o senhor das Oliveiras.
Afinal, o que influência o mundo à nossa volta? É aquilo que de fato queremos e amamos, ainda que agente não admita? Por exemplo, muitas vezes dizemos que só queremos ser felizes!
Ao que o sábio homem me respondeu:
“Você deve ser cauteloso com o que deseja, pois você não pode mentir em vão para si mesmo.
Quando não somos honestos a respeito do que queremos na vida, machucamos aos outros, e sobre tudo a nós mesmos.
Pense claramente no que mais deseja. Para você, o que é que realmente faz a vida valer a pena? O que é que você de fato quer fazer com o tempo limitado que dispõe?
Qual é a marca que pretende deixar no mundo?"

27 agosto 2007

A Estrada da Minha Vida (ASSARÉ, Patativa. 1909 - 2002. Aqui tem coisa.)

Trilhei na infância querida
composta de mil primores
a Estrada de Minha vida
ornamentada de flores,
e que linda estrada aquela!
sempre havia ao lado dela
encanto, paz, beleza,
desde a terra ao grande espaço
em tudo eu notava um traço

do Pincel da Naturezaa
(...)
O sol quando despontava
convertendo a terra em ouro
em seus raios eu notava
o mais sublime tesouro,
e de noite a lua bela
era qual linda donzela
de uma beleza sem fim
a sua luz prateada
tinha a cor imaculada
das vestes de um querubim
(...)
E eu seguia o meu caminho
sempre alegre e sorridente
balbuciando baixinho
minha canção inocente
e enquanto sem embaraço
eu transpunha passo a passo
os tapetes da Campina
no centro da espessa mata
as águas de uma cascata
cantava ao pé da colina

Nesta viagem de amor
nada me causava tédio,
tudo vinha em meu favor
pelo divino intermédio
mas a torpe sedução
qual fera na escuridão
manhosa, sagaz e astuta
atirou sem piedade
sua seta de maldade
contra minha alma impoluta

Desde este dia maldito
tudo tornou-se contrário,
foi se tornando esquisito
meu luzente itinerário,
segui pela minha estrada
como a folha arrebatada
na correnteza do rio,
entre a grande Natureza
tudo quanto era beleza
apresentou-se sombrio
(...)
Qual o peregrino sem fé
atrás de um santo socorro
um dia cheguei ao pé
do mais altaneiro morro
e subi pelos escombros
levando sobre meus ombros
um fardo de paciência,
depois de grande obstáculo
galguei o alto pináculo
do monte da decadência


Na mais horrível peleja
vivo hoje em cima do cume
onde a brisa não bafeja
e as flores não tem perfume,
a vagar triste e sozinho
sem conforto e sem carinho
na solidão do monte,
não ouço o canto das avez
nem o sussuro suave
das lindas águas da fonte

No deserto desta crista
ninguém consola meus ais,
fugiram da minha vista
as belezas naturais,
a luz do sol é tão baça
e a luz pelo céu passa
desmaiada e já sem cor
e as lanternas das estrelas
procuro e não posso vê-las
é meu triste dissabor

14 agosto 2007


Um político esmurra outro na cara.
Os ossos se encontram, duros, quentes.
Ele arreganha os dentes.

Dois cachorros brigam até a morte.
Eles gritam e rosnam.
Meninos tiram a sorte.

Um homossexual é morto a marteladas, na rua de trás.
Bang. bang. bang. bang.
Ele implora. já não implora mais.

Uma mulher é estuprada e morta num parque.
Ninguém a ouve essa hora.
Ela grita e chora.

Dois carros se chocam.
Ferros e vidro penetram na carne.
A um é dado a vida, ao outro a morte.

Um bebê é jogado na lata do lixo.
Logo acaba o ar..
Não pode mais respir....ar..


Violência

Violência



Violência




Violência





Violência

10 agosto 2007

CuBiSMo da aLMa

Se houvesse uma tesoura capaz de me fazer em pedaços que fossem a parte e o todo ao mesmo tempo, mandaria minha cabeça e a mão direita para serem médico, e estudar e aliviar sofrimentos. O braço esquerdo seria bombeiro, As pernas sairiam a conhecer o mundo. Tambémuma mão seria designer, a projetar soluções e invenções esbeltas. O cérebro ia ficar mergulhado em solução concentrada de conhecimento, a descobrir soluções para todos os problemas do mundo. As minhas asas, ficariam ao longe, observando o movimento na rua, entre os continentes, entre os planetas. As orelhas, eu deixaria uma no jardim de infância, outra com cada amigo, outra ligada no ipod e uma com uma rolha - porque sem o silêncio não existe som. Até um dedo meu eu daria ao presidente, visto que lhe falta. Mas não do dedo que ele recebe com as vaias. O dedinho mesmo - já que deve-se amara até a quem não te agrada..O coração aos poucos eu o soltaria, cuidando para não deixá-lo absorver qualquer mágoa no caminho, porque é danado como criança, que pega tudo que vê pela frente. Até que um dia encontrasse aquela uma rapariga a quem dedicar cada batida, plena e incondicionalmente, e brigar por causa de pasta de dente. Um pulso teria o relógio, o outro contaria o tempo com as pulsações mesmo, e é neste em q confiarei mais, sabido de onde lhes vêm. E o dia em que este parar de contar, o outro não terá mais função, já que serei um só de novo, com a funçao única de ter existido um dia, e nao mais.

03 agosto 2007

Ela não pagou a passagem!

O sistema de tranporte público de São Paulo é, sabidamente, um caso sério. Mas agora está passando dos limites!
Outro dia quando ia tranquilo e contente para a 9 de julho, 8 horas da noite, encontrei um passageiro ilustre no ônibus. Vou contar o que aconteceu:
ônibus cheio, aquela alegria, passei a catraca e fui para o fundo, perto da porta. Havia algumas pessoas em pé e, no entanto, um banco vazio (que em determinadas horas do dia valem mais do que dinheiro!). Uma moça cheia de bolsas vinha atrás de mim e logo insinuou a tomada do assento para si com o típico jogo-de-corpo na galera e aquela fitada geral para ver se haveria algum concorrente à vaga. Ao encostar do lado do lugar vazio, dois homens a encararam: "Esse lugar tá com barata!" disse um deles, abrindo um sorriso igual ao do burrinho do Shrek. A dona hesitou por dois segundos. "Eu não tenho medo de barata". Ao que o outro cara respondeu "Foi o que nós dois dissemo também!" O primeiro ainda levantou a blusa e comentou com o do lado, procurando: "To até encismado de estar levando uma pra casa, rapaz!" Eu entendi os sorrisos que vi naquela hora como aquela única alternativa que restava. É rir pra não chorar mesmo.
Descaso
Um dia estava em casa e seres humanos começaram a me importunar e a ameaçar meu ninho. São uns folgados mesmo. Apareci e espantei os dois primeiros. A terceira foi uma mulher gorda cheia de sacolas. Um cara com sorriso igual do burrinho do Shrek ainda avisou, mas ela nem ouviu e dormiu e não acordou de jeito nenhum! Só de raiva botei alguns ovos no sapato dela.
O sistema de habitação dessa cidade é um caso sério. Mas agora está indo além dos limites!

02 agosto 2007

um mês

um mês que passou.
e ele viajou durante esse tempo.
foi até o espaço e voltou. foi até ali e voltou.
visitou cidades, países, arquipélagos. mundos conhecidos e desconhecidos.
parou por um tempo também. tinha tantas opções que achou melhor estacionar.
queria achar um lugar que pudesse ficar sem preocupação. e feliz.
não achou o perfeito. o que encontrou foi a vontade de conhecer mais e mais.
era sábio, não se desgastou. fechou os olhos, respirou fundo. sabia que outro mês viria pela frente. e com ele, um milhão de possibilidades.
e também, talvez sua infinidade de escolhas rumavam a um único caminho.
caminho que há tempos já estava traçado.


09 julho 2007

Sunday morning

Não sou eu quem abre meus olhos.
A cama tem uma gravidade acima do normal, e cheiro de sono. Quando penso nisso não sou eu quem pensa. Os pássaros e o sol querem a minha presença lá fora. Fora do claustro, da cela.
Hoje sim, há de ser diferente. Hoje não preciso pensar em mim. Hoje sim, posso ser o que nasci para ser. E como os pássaros, cantar e chamá-lo. Pedir a presença daquele que faz a diferença. Hoje sim, vai ser diferente.
Já não lembro mais o que fiz até então ou o que farei do então até. Só preciso me lembrar que fui adotado. E qual maior alegria do que em ter sido adotado!? Me lembro também dos outros, porque sinto-os. E não sou em quem sente, mas uma coisa dentro de mim feita de uma mistura de amor, poder e tempo. Muito tempo, diga-se de passagem. Tanto tempo que não compreenderia, não estivesse dentro de mim. Porque o que a mente não entende essa coisa sente.
Hoje todos serão iguais, e a justiça será feita e vista pra quem quiser ver.
Não sou eu quem abre meu olhos, mas um sentimento: (quem sabe) é hoje.
Quem dera todos os dias fossem domingo.

27 junho 2007

Falando um pouco de você...eu te reconheço?


é quando buscamos notícia de alguém e nos dizem que ele ou ela já partiu desta vida. não sei se diria que mais triste ainda é sabermos que alguém ainda vive mas, ou nos recebe friamente, após tanto tempo sem notícias, ou apenas manda recado evitando ao máximo nova aproximação. agora penso: ou deixamos uma má impressão quando julgávamos ser amigos ou do outro lado está alguém que valorizamos sem o devido merecimento. isso é mais comum do que possa parecer.

e a vida vai seguindo. chegamos à era da informática. por este espaço virtual nos reencontramos algumas vezes com pessoas que estimamos, porém de quem não tínhamos notícias há muito tempo. eu costumo sentir uma felicidade imensa quando me reaproximo de amigos verdadeiros, por este meio. é como um renascer, um recomeçar com tanto para lembrar, para contar, para atualizar.

claro que a vida não é um mar de rosas, também nesta internet, ou apesar dela. sinto-me profundamente frustrado quando descubro o e-mail de alguém, corro a escrever, como a querer dizer-lhe da minha alegria por o ter reencontrado e pedir notícias, mas... ou me "respondem" com o silêncio, ou escrevem friamente uma só vez, a cumprir uma obrigação, e depois fazem questão de ignorar o velho amigo, ainda que tenhamos estado juntos em tantas aventuras, em tantas missões, em tantas alegrias.

dói, realmente dói este tipo de decepção, mas passa. afinal, como dizia o nosso poetinha vinicius, amizade não se compra, se reconhece... chegamos às vezes a conclusões como esta: valíamos para alguém pelo cargo que ocupávamos, ou pelas demais amizades que tínhamos, ou até porque éramos o "trouxa" que gostariam de ver pelas costas tão logo fosse possível!! a vida acaba dando esta oportunidade.

experiências desagradáveis e não menos decepcionantes é quando pessoas "esfriam" o relacionamento por divergências em, digamos, debates sobre política, sobre religião, etc. afinal, discordar faz parte de qualquer discussão ou conversa democrática o que não implica entretanto em aceitar os argumentos de quem de nós diverge, mesmo sendo aquele ótimo amigo. a recíproca é também verdadeira, lógico.

mas, daí a silenciar, como que colocando a amizade no "freezer" de um julgamento precipitado e até meio rancoroso. por mais acalorado que seja um debate de idéias, de conceitos, de opiniões, uma amizade verdadeira, forte, autêntica, desinteressada, com raízes no coração, jamais se deixa abalar por divergências.

nesta internet há aqueles que chegam e ganham logo a nossa simpatia. trocamos experiências, informações, etc. de repente, sem mais nem menos, estes somem. parece que ou acharam amizade melhor ou nosso papo não os interessou, assim preferiram nada dizer. outros chegam e ficam. persistem, comentam nosso trabalho, falam sobre suas vidas, pedem até sugestões e conselhos, mas permanecem conosco. opa maravilha!

uns vão outros vêm, isso dentro e fora do espaço virtual. o importante, porém, é vermos os que são amigos há tantas décadas, que nos reencontram, acompanham nosso trabalho, também debatem conosco, de vez em quando, em temas políticos ou religiosos, e jamais misturam as coisas. colocam cada uma em determinada prateleira de seus corações, mantendo a amizade, entretanto, intocável, no front do relacionamento.

é para vocês, amigos fáceis de serem reconhecidos, presentes nas horas alegres e nos momentos mais difíceis, para vocês que sabem ser tolerantes quando é necessário, que sabem perdoar quando é preciso e merecido, que estão sempre com a mão estendida, que escrevo este post.

nunca desistirei de ter amigos, mas é prudente nunca tentar mantê-los se a recíproca não se apresenta como verdadeira.

18 junho 2007

2107

daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que dirigi, ou tipo de casa em que morei, quanto tenha depositado no banco, nem que roupas vesti. mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.

"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo. Se é triste ver meninos sem escola mais triste é vê-los sentados, enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis à formação do homem-cidadão".( Carlos Drummond de Andrade)

04 junho 2007

como num dia qualquer...

alheio ao que o rodeava, um terceiro som persistia. se fazia ouvir como se fosse um misto de memórias. talvez insano.
na busca pela distinção entre alternativas válidas , n.d.a.'s, todas as anteriores, e principalmente as corretas, pisava e passava por cima das folhas como se tivessem caído de imensas árvores. o cenário não poderia ser melhor. estava jogado, se debruçando em busca do conhecimento, revirando antigas questões, aprofundando suas bases para um futuro brilhante.
saberia exatamente o que fazer quando fossem testadas suas habilidades. o filme das tardes, inúmeras, em que estivera desenvolvendo o modelo, o projeto, as asas.
vivera sonhando. e sonhava acreditando. um dia, como num dia qualquer, seu dia chegou. viveu a vitória. e era impossível de acreditar.
ali estava, o homem agora sobre asas, não parava de rir. era o preço a se pagar. belas risadas eram ouvidas por aqueles descrentes. riu por último. era esse o terceiro som. o vento, o espanto, e as risadas.
vôou pra longe.

29 maio 2007

"A democracia é o pior sistema de governo que existe, com exceção de todos os outros"
Winston Churchill

24 maio 2007

que cidade é essa...que mundo é esse?

"o vento, vindo de longe para a cidade, oferece a ela dons insólitos, dos quais dão conta somente poucas almas sensíveis, como quem sofre de febre de feno e espirra por causa do pólen de flores de outras terras. (...)
esse marcolvado tinha um olho pouco adequado para a vida da cidade: avisos, semáforos, vitrines, letreiros luminosos, cartazes, por mais estudados que fossem para atrair a atenção, jamais detinham seu olhar, que parecia perder-se nas areias do deserto. já uma folha amarelando num ramo, uma pena que se deixasse prender numa telha, não lhe escapavam nunca: não havia mosca no dorso de cavalo, buraco de cupim numa mesa, casca de figo se desfazendo na calçada que marcovaldo não observasse e comentasse, descobrindo as mudanças da estação, seus desejos mais íntimos e as misérias de sua existência."

Calvino, Ítalo. marcovaldo ou as estações na cidade. companhia das letras. são paulo, 1997.

17 maio 2007

Silêncio

o silêncio não é auzência de palavras,
mas o que há entre as palavras,
entre as notas músicais,
entre os astros e seres.
o silêncio fala e siguinifica.
sem o silêncio não podemos falar,
muitas coisas foram silênciadas.
por exemplo:
a fala do índio brasileiro foi silênciada.
e os signos desse silênciamento,
o que fizeram com eles?
o silêncio esta no amarelo de van gogh!
esta aqui, ou ai.
em mim!
em vc!

10 maio 2007

uma vez mais

Está começando
a fagulha
eis que vem o sentimento
vem com fúria
mais uma vez
mais uma explosão
A vontade fermenta
e queima por dentro

a vida se mostra muito maior
quando é difícil mudar
mudar o insignificante
que domina o gigante
A tênue linha da vida
a corda bamba
treliça indefinida
do mundo a frágil trama

A tão poderosa mente
subjuga a ação do homem
impede-o de ser ele mesmo,
e mesmo de ser o que quer
tornando-o escravo
do seu próprio interior
e uma vez mais
a maquina de pensar do homem
a magnifica mente
mostra que é capaz
de imitar o mundo dos animais
mostrando unhas e dentes
mais uma vez
uma vez mais

mas, uma vez
quiçá um dia, talvez
rasgar o tempo ao meio
fazer acontecer
fazer direito
não há o que perder
abraçar o amor
e livrar a liberdade
Seguir o coração cego
que mesmo quando erra
sempre estará certo

o passado não importa
o futuro é o pó
o presente é o agora
uma vez só

02 maio 2007

o eleitor revoltado:

presidente da república
deputado, senadores
governador do estado
prefeito, vereadores:
a pobreza está sofrendo
aonde estão os senhores?

vocês são os ganhadores
do dinheiro do Brasil
tem deputado que ganha
mais de novecentos mil,
equanto morre de fome
do mais velho ao infantil.

eu ontem passei na casa
do velho Chico Abdom.
ele disse: aonde eu chego
só vejo carro de som
político em cima mentindo
dizendo que vai ser bom.

o que vocês tão dizendo
outros já disseram outrora.
diziam que se ganhassem
aparecia a melhora.
quanto mais vocês prometem
mais aparece a piora.

eu já dei crença a política
perdi sono a noite inteira.
correndo atras de político,
levando chuva e poeira.
mas agora Fernando Collor
botou-me sal na moleira.

o deputado é quem marca
quanto é que vai ganhar.
e o pobre do operário
morrendo de trabalhar.
passando fome não vê
o seu salário aumentar.

quem ganha só um salário
irá morrer desta vez.
o que ganha em um ano
dá pra comer um mês.
por isso eu não acredito
nas promessas de vocês.

na política desse ano
gastaram mais de um bilhão.
com artista, com retrato,
com conjunto e foguetão.
e tanta criança chorando
sem poder comprar pão.

quem tudo faz ganha pouco,
quem nada faz ganha bem.
políticos depois que ganha
da pobreza fica além.
este ano eu estou alerto
não vou votar com ninguém.

já votei mas não deu certo
este ano eu estou alerto
não vou votar em ningém.

sabios versos do cantador Eliseu Ventania.
(lê cantando, como se fosse caju e castanha, fica loko! hehe)

26 abril 2007

-Eae cabeção, beleza???
-Blz chorão, chegaí. Qualé que é?
-Mano, conheci a mulher da minha vida
-Serio? Quem é? sua mãe??
-Não véio, na real, acho q eu tô boladão nela! Foi assim: tava de boa dando uns rolê. Daí chegaram os homi e deram geral em mim e nuns loks que tavam passando perto. eu tava com essa bombeta e essa lupa aqui, tava de bermas laranja e com aquele meu jaco verde
-E com essa cara de maloca também?
-é, fazê o que neh...mas ai, se liga na parada q aconteceu: la estava eu de cara na parede e os gambé me revistando..quando eu ouço aquela voz linda:
"Ele tá limpo".
Mano, a mina era demais
-Mas a mina é polícia, véio???
-É mas ela era firmeza!
-Tá, e vc pegou o telefone dela, pelo menos??
-Claro, 190 vacilão! hahah
-hahaha Pode cre, mas ceis trocaram uma idéia ou nem?
-Ah véio, eu falei pouco mas falei bonito, manja. Eu virei do muro e lasquei aquele meu olhar irresistivel de "vem q tem", ta ligado?!
-E a mina viu?
-Opa!
-Ela viu? com essa lupa 0% sua??
-Afe mano!! Esqueci q tava de oculos!!!
-HUhauhua
-Mas mesmo assim eu falei: E ae mina, beleza?
-Nao acredito q vc falou isso
-Falei mano
-afe, c tem muito q aprender...E ela?
-Maaano, ela sorriu, deu pra ver pelo espelhinho do carro depois q ela entrou. Ela sorriu véio!! certeza!
-Ah c ta viajando
-É sério maluco! O bagulho foi dahora.
-Agora só saio de rolê com cara de maloquero heheh
E falando em sair de rolê, to vazando, cabeça.
-Blz véio, daqui a pouco tenho q ir pro trampo
-cola na minha goma mais tarde, ou bate um fio, firmeza?
-Firmeza véio, na paz
-Sempre

22 março 2007

os últimos versos de uma "mulher fácil"...



se desprender da vida bandida
levar tudo consigo pro precipício
pela maré arrastada, nadava perdida
tinha tudo isso em mente, desde o início

o mundo a olhava de canto
queria ser feliz entre humanos
mas já nao via sequer um encanto
um a um, foi se enxendo de danos

por um momento a lucidez
sentiu falta do lar
mas em meio a embriaguez
era impossível acordar

aliada ao "faz de conta"
sonhava um lindo romance
mas o real não perdoava:
não se tem segunda chance

se atirou e morreu
a ninguém fez falta
só um ente percebeu
cadê a magrela e alta?

21 março 2007

Preito ao triângulo


Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas outra metade é silêncio. Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza. Que a mulher que amo seja pra sempre amada mesmo que distante. Porque metade de mim é partida, a outra metade é saudade. Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor. Apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e paz que mereço. Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que penso, a outra metade um vulcão. Que o medo da solidão se afaste. E o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita meu rosto num doce sorriso que me lembro ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito. E que o seu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba. E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer. Que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor e a outra metade também.

19 março 2007

em qual sentido?



Quando ouvimos pegadas sendo dadas, quando sentimos que o bem e o mal se aproximam, um segundo em nossas mentes é o bastante para que o pensamento se liberte.
Liberdade é aquilo que todos queremos ter, ou ser, e às vezes até achamos que temos. Talvez sim... talvez não, o fato é que quando estamos diante de lugar e momentos singulares, e a chuva começa bater em seu rosto, a bela paisagem lhe confirma: enfim a encontramos.
Encontrar o que queremos na vida é provavelmente uma das coisas mais difíceis. Além de sempre ter que passar sobre vários poréns, quando o canhão de luz reflete apenas o "objeto" desejado, aparece aquele pensamento: será que andei pelo caminho certo.
A cada hora que passa escolhemos tantos caminhos diferentes que nunca, ninguém consegue dar exatamente os mesmos passos que outra pessoa. Mesmo que exista alguém que você admire tanto a ponto de querer fazer tudo que ele(a) já fez, é impossível.
E impossível é não achar que o pensamento é a chave pra que num mundo como o nosso nada faça sentido.

16 março 2007

Saborear saboreando

Abre a janela
Agarra a luz com as mãos dos olhos
Sente o cheiro suave das nuvens
Ouve o ritmo
que brota em teu peito
deixa bater e deixa sair
junto com o ar dos pulmões
Inspira o momento
e dança como se ninguém
estivesse vendo

09 março 2007

LOST POST


Há mistérios
Real puzzles
Giant cuttles
Lost impérios

Some remain
Made of stone
Sempre estão
muito Além

Da compreensão
do homo sapiens
diggin down
untill life ends

08 março 2007

agora pensa!

Ele sonhava...sonhava.
O horizonte parecia tão apagado.
Suas mãos apenas acompanhavam o movimento.
E sobre seus ombros um grande vazio.
Mas pra que tanto sonho.
O olhar tão longe não faz sentido
Continuar o que parece não ter fim?
Solucionar suas dúvidas era prioritário.
Talvez fossem pesadelos disfarçados.
E enxergar de perto dava maior segurança.
Apenas pare e saiba observar.
Assim questões são respondidas.

06 março 2007

bicudo


o brasileiro ernesto bicudo representava pela terceira vez consecutiva essa nação apaixonada pelo esporte. era ídolo. figura tarimbada nos cadernos esportivos e nos grandes veículos de comunicação. eram os últimos dias de preparação para o XXXVIII Campeonato Mundial de Bolinha de Sabão.

se mostrava confiante em todas as coletivas. queixo erguido e demonstrações de que dessa vez traria um melhor resultado do que o bronze alcançado em bangalore. pronto para a glória. decidido a se consagrar como o maior nome de todos os tempos, número um no hall da fama.

entretanto escondia de todos, inclusive de seu treinador, uma grave lesão. lhe ocupava a cabeça o pensar que esta poderia ser sua última participação em campeonatos de alto nível devido a contusão que durante os últimos 6 meses vinha lhe incomodando. o problema era o mesmo que já havia aposentado grandes nomes do desporto, como john smack, álvares bitoca e geovanni baccio. a temida contusão no lábio inferior, conhecida genericamente por todos como "contratura do biquinho".

biquinho......isso mesmo, biquinho. sentia dores horrendas cada vez que encolhia as bochechas, projetava os beiços e assoprava. durante os treinamentos segurava duro, precisava da confiança da sua comissão técnica. não podia se abater. se mantinha focado! mas bastava seus próximos se afastarem e pronto. chorava em prantos, abria o berreiro. era quase triste a cena.

...enfim, resumirei a historia pra vocês.

semifinal da trigésima oitava edição do campeonato e bicudo, que agora já confidenciara a sua tia doca seus problemas, enfrentava o campeão da turquia. sujeito marrudo, um brucutu. com técnicas otomanas de segurar o potinho com sabão, era um desafiante e tanto!

ernesto tentava contornar aquele sentimento. pensava em tudo que vivera até ali. o famoso "filminho" que todos dizem passar em momentos especiais. ao fundo, nos camarotes, tentava enxergar sua querida tia e quem sabe dali reaver suas forças. ela num gesto carinhoso segurava um cartaz, com as singelas palavras: SEGURA O CHORO MULEQUE!!....e ele segurou, segurou, agüentou firme! venceu o turcão pela vantagem de apenas 8 bolinhas.

e agora a um passo do grande objetivo e diante de tanto esforço, tanta luta, e momentos inesquecíveis só lhe passava em sua cabeça um estranho pensamento: "fazer bico e chorar...ah isso eh normal num eh!?"

02 março 2007

sol e lua


o teclado é prata. e os raios num tom de azul calejado. em meio ao breu, ele ousa acender. a estranha melodia será ouvida novamente. por todos os dois.

com os olhos agora abertos e voltados para o alto, balança a cabeça. olha para o lado e vê aquele ser querido, que com o tempo ruma ao silêncio e o caos, todavia sempre calçando suas presenteadas e queridas pantufas.

mesmo parecendo ser água, a caninha tem seu cheiro característico. escova a cremalheira. através da veneziana vê outras janelas, fechadas. e também um painel, parecem distribuir senhas. talvez seja o inss e aqueles velhinhos maltratados por todos nós.

o ruído do portão, o olhar, e às vezes o cumprimento. rápido e raro. outro movimento, diferente, contínuo, são 6h13min42seg, sol e lua ainda dividem o pequeno teto. ele ali, parado, esperando a resposta. cadê ela?

algumas dezenas de passos, centenas até. ao ver aquela insígnia estampada em uma tora oriunda da serra da mata, ele relaxa. mas seria a melhor opção?

um novo sinal e já são quatro rodas a mais, centenas de destinos e um guia. somente um guia. ah, mais um fiscal é claro. afinal, o teletransporte é uma obrigação do estado.

segue para o piso superior. no vidro embaçado pela gordura do dia anterior, sua imagem não pode ser refletida. mas por quê tentar vê-la? por quem ele procura jamais se importaria com isso...

27 fevereiro 2007

pra começar....


Foi sem dúvidas, uma das guerras mais cruéis do "breve século XX", um verdadeiro holocausto, como se pode verificar nas cenas do filme Corações e Mentes. Foi ainda a primeira guerra com cobertura televisiva maciça.
Numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto.

25 fevereiro 2007

Parte 5

BAAAAM!!!
o menino estava no chão, imóvel.

Centenas de rostos miravam seu corpo estendido na terra seca. Para uns, silêncio e temor...o guerreiro com o qual o rei sonhara havia caído com uma única espadada do gigante depois de um movimento mal esquivado pelo menino. Para o outro lado do confronto, não fazia diferença, pois sequer temiam um suposto garotinho estrangeiro "escolhido" para vencê-los na batalha.O Grande tigre branco Kasotoru nao se expressava diante do desespero do rei e continuava a olhar para o menino deitado como se nada tivesse aocntecido.

O calor era intenso e ao abrir os olhos, o menino avistou ao longe, atrás das hordas de soldados uivando um lago. Ah sim! Aquele era o laguinho do Vilarejo de pedreiros Fwa-hul! Ele havia voltado para casa e com que saudades estava daquele lugar! E poderia ser em um momento melhor? O menino suspirou e encostou a cabeça no chão de sua terra natal e olhou para o céu. E eis que no céu havia uma grande nuvem, e essa nuvem o fez lembrar de um amigo que conhecera no Japão na cidade de Ishikawa, norte da ilha de Honshu. Buruno San era mestre em astrologia e podia interpretar sonhos e horóscopos. Ele dissera uma vez ao menino que as grandes cumulus nimbus eram nada menos que mensageiras dos astros.E ali estava uma verdadeira cumulus nimbus que se revirava e tomava forma logo acima dele. O menino começou a perceber que a nuvem tomava a forma de um gigantesco tigre e logo uma voz grave era ouvida em toda a região:

"Lembre-se...lembre-se de quem você é e confie em si mesmo...lembre-se...sua jornada ainda não acabou...lembre-se..lembre-se"
Era Kasotoru a nuvem! O menino se levantou enquanto o tigre se desfazia e a nuvem corria para o horizonte.Ao olhar à sua volta, sua visão se inundou com a imagem de todos aqueles soldados que não acreditavam na cena do menino se reerguendo.O menino olhou uma ultima vez para a nuvem que agora caía sobre o horizonte e ouviu em sua cabeça "lembre-se de quem vc é..confie em si mesmo"
O Rei se dirigiu ao menino que tirava a pesada armadura que lhe deram. "o que fazes? queres perecer de vez?"
O menino nada disse. Se livrou da parafernalha das ombreiras, cinturão, joelheiras, etc, tomou uma única pedra e colocou em sua funda..

continua...